terça-feira, 7 de abril de 2015

Não há acasos no universo

   Os grandes ensinamentos dizem-nos que não há acasos no universo.

   Que poderemos dizer deste escritor, que se chama José, e que escreve parte da sua assinatura, da forma reproduzida?
   Dele, poderemos observar, entre outros, o seguinte:
      - Suprime o "o" .  O fenómeno da supressão não será obra do acaso. Trata-se do nome próprio do escritor, não sujeito a um esquecimento.  Parece, também, haver uma tentativa rudimentar de o desenhar. O "o" tem estreitas relações com a oralidade do bebé e, quando houve dificuldades no aleitamento do recém nascido, ficam marcas e sofrimentos que perduram por uma vida. No escritor em questão, o medo da lembrança dessa frustração oral parece ser tão grande que, procura extinguir as pontes simbólicas para essas memorias.
     -Essa supressão provoca uma separação da continuidade da escrita. Há uma falta de coesão num nome tão pequeno. Um silencio, um vazio na alma do escritor, é  representado por essa ausência.
     -O "J" tem uma boa dimensão. O escritor vê-se com importância perante os outros. Socialmente situa-se bem.
     - Na linha do tempo, há uma barreira relacionada com o passado, constituída pelo primeiro traço vertical com dimensão grande. Na progressão para o futuro há uma intenção de penetrar no outro, simbolizada num estreitamento progressivo da escrita .
     - O "J" revela características relacionadas com Júpiter/Terra .

   Não há acasos no universo... esta simples assinatura não é um acaso. Nela, para quem souber ler, há todo um universo condensado.

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